O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, proibiu, neste sábado (29/10), que a Polícia Rodoviária Federal realize operações relacionadas ao transporte público disponibilizado aos eleitores. A decisão foi baseada em uma notícia apresentada à Corte que dizia que, supostamente, a polícia estava sendo usada para beneficiar a candidatura de Jair Bolsonaro (PL).
O deputado federal Paulo Teixeira (PT) apresentou ao tribunal a notícia de que, supostamente, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal estariam sendo usadas para beneficiar a candidatura de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ministro, as forças policiais prestaram informações sobre as operações, mas elas foram insuficientes e ficou demonstrado que não há razão que justifique as operações específicas implementadas no segundo turno das eleições, exceto a coibir a compra de voto.
Para Moraes, as operações podem influenciar o pleito eleitoral, sendo de competência do TSE fiscalizar a lisura dos procedimentos de maneira que não se altere a igualdade nas eleições. “Trata-se de fatos graves que justificam a atuação célere e a adoção de medidas adequadas no intuito de preservar a liberdade do direito de voto, no qual concebido o acesso ao transporte gratuito no dia do pleito”, salientou o ministro.
O presidente do TSE lembrou que o acesso ao transporte público é direito garantido ao eleitor, como já decidiu o Supremo Tribunal Federal (STF), no que foi ratificado pelo TSE em norma própria, “não apresentando motivação prévia que ampare operações excepcionais, fora aquelas já comumente adotadas”, disse.
Assim, o ministro proibiu as operações policiais relacionadas ao transporte público, gratuito ou não. A Polícia Federal não pode divulgar, até o final do segundo turno, o resultado de operações desde que relacionadas às eleições, igualmente sob pena de responsabilização criminal do diretor-geral da Polícia Federal, por desobediência e crime eleitoral, além da responsabilização dos executores das ações.
Juliana Matias – Repórter em São Paulo. Estudante de jornalismo na Universidade de São Paulo (USP). Foi diretora e repórter na Jornalismo Júnior, empresa júnior formada por alunos de jornalismo da USP. E-mail: [email protected]
Fonte: JOTA Infohttps://www.jota.info/eleicoes/prf-nao-podera-realizar-operacoes-nos-transportes-publicos-de-eleitores-decide-tse-30102022
WhatsApp us