Só a quarta dose da vacina contra a Covid-19 protege contra a versão longa da doença, isto é, quando há persistência de sintomas um mês após a infecção. O primeiro reforço continua eficaz contra internação e mortes. É o que indica pesquisa do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) e do Hospital Israelita Albert Einstein.

Entre os principais sintomas da Covid longa, estão fadiga, falta de memória e de concentração. Além do status vacinal, outros três fatores influenciam o quadro. Os cientistas descobriram que ser mulher aumenta em 21% o risco de Covid longa na comparação com homens, mas ainda não se sabe se as causas são biológicas ou ligadas ao comportamento.

Já a reinfecção eleva a chance em até 27%. Ainda segundo o estudo, a variante Gama apresenta maior risco de desenvolvimento da Covid longa ante a Delta e a Ômicron. Nesse cenário, os pesquisadores reforçam a importância de manter a vacinação em dia contra a doença.

A análise incluiu 18.340 profissionais a partir de 18 anos, com dados reunidos de 1º de março de 2020 a 15 de julho de 2022. Do total, 7.051 tiveram Covid-19 no período, sendo que 5.118 (72,6%) não informaram sintomas da versão longa da doença. Já entre os outros 1.933 que afirmaram ter sintomas persistentes (27,4%), mais da metade (51,8%) teve três ou mais deles.

Os pesquisadores publicaram o estudo “Risk factors for long COVID among healthcare workers” na forma de pré-print no site MedRVix. O texto ainda precisa ser revisado por pares.

Melissa Duarte – Repórter do JOTA na cobertura de Saúde nos Três Poderes. É formada em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB). Já trabalhou nos jornais O Globo, Poder360 e Correio Braziliense. Email: [email protected]

Fonte: JOTA Info
https://www.jota.info/tributos-e-empresas/saude/quarta-dose-de-vacina-e-capaz-de-evitar-covid-19-longa-diz-estudo-06012023